Uma história de amor e vida no Acre

Foto Ilustrativa
Em uma conversa com o meu amigo Palazzo do blog  http://tarauacanoticias.blogspot.com/, estava relembrando as histórias que meu avô contava de sua vida,história essa vivida por muitos nordestinos que ainda hoje alguns resistem ao tempo e as doenças herança da segunda guerra mundial.Miguel Amâncio de Almeida(ta ai por que me chamo Denílson Almeida) nasceu em 1917 no Ceará e filho de família humilde cresceu vendo a miséria que a seca provocava no sertão,então veio para o Acre já depois de grande e tentou uma nova vida na esperança de ficar rico com dinheiro da borracha que até então era a forte economia do estado.
Em uma viajem de 45 dias,desceu de navio passando por  vários estados ate chegar ao Acre.Uma viajem muito conturbada pois era muitas pessoas dentro de um navio e a comida não dava pra todos,ai o jeito era trabalhar muito dentro do navio pra merecer a migalha que eles oferecia,ao pisarem em terra firme,foram recebidos por seus patrões seringalista, os coronéis de seringais dono de uma imensa areá de terra que se quer tinha documento. O então coronel que não vou citar nome,ofereceu lhe uma areá de terra para que pudesse cortar seringa e o pagamento seria com a borracha,ate ai tudo bem,o pessoal recebia a primeira remessa de comida que era chamado de ``feira´´, algum dias depois capatazes aparecia para pegar a borracha produzida e não mas trazia o ``rancho´´ dizia que os seringueiros estava produzindo muito pouco e não cobriam a comida que eles haviam pegado.Foi passando o tempo e as pessoas percebiam que estava sendo enganadas e queria uma melhora de vida,muitos fugiram pra Bolívia e assim meu avô fez,arrumou uma colocação na Bolívia e foi trabalhar por conta, só que não tinha pra quem vender o que produzia que era a borracha ai só restava uma solução,vender para os freteiros de navio,que descia o rio trazendo comida e levava a borracha. Miguel casou se com Maria e teve oito filhos com ela,quando a mais velha completava 13 anos, Maria fugiu com outro homem deixando o filho mais novo com apenas alguns meses de vida,Num ato de bravo ele criou todos os filhos com muita dificuldade.Com um tempo depois casou se com outra Maria com a qual viveu o resto dos seus dias que ainda duraram 30 anos.Um dos sonhos dele quando era vivo era de poder rever seu filho Zé que havia sumido a mais de 25 anos e que ate hoje nós não temos noticia.também teve um filho assassinado no garimpo em Porto Velho(Rondônia).e faleceu com 93 anos com falência  muiltipla de órgãos ou seja morreu de idade mesmo, o tempo pra ele já tinha acabado,fumou dos 12 anos de idade ate os 90 e nunca se que teve uma doença grave,sempre defendia a tese que cigarro não matavam senão ele já teria morrido.Sempre bem humorado contava por horas sua historia e prosa e versos do sertão.Saudade desse tempo vô,hoje só tenho a sua história pra contar não tenho mas você.Apenas SAUDADES.